segunda-feira, 27 de junho de 2011

Fenajufe parece querer melar o subsídio a todo custo

A mesma notícia já publicada aqui no blog, porém, dessa vez, pelas palavras do Melqui - coordenador da Fenajufe.
Parece que a Fenajufe tá querendo botar um freio no subsídio novamente e querer empurrar a poliemenda goela abaixo.
Ou talvez o jogo seja do governo, querendo utilizar o MPU (que é menor e já está decidido sobre o subsídio) para forçar o Judiciário a aceitar o subsídio e parar de reclamar.
Ou talvez seja apenas uma percepção equivocada desde que vos escreve.


Durante reunião na última quarta-feira [22] com o secretário-geral do MPU, Lauro Cardoso, o coordenador da Fenajufe Antônio Melquíades [Melqui] defendeu enfaticamente o PL 6697/09, que reajusta o plano de cargos e salários dos servidores do Ministério Público da União. No encontro, que também contou com a participação de representantes do Sinasempu [Sindicato Nacional dos Servidores do MPU] e da Comissão Pró-Subsídio, Melqui rebateu algumas avaliações do representante do MPU de que o reajuste por meio do subsídio seria melhor para os servidores do que a proposta que tramita na Comissão de Finanças e Tributação [CFT] da Câmara dos Deputados.

Ao fazer a defesa do PCS, o coordenador da Fenajufe alertou que se o Ministério Público optar pelo subsídio haverá conseqüências graves para toda a categoria. “Não temos dúvidas que isso acarretará em retirada de direitos. Só para ilustrar, basta lembrar que aquele servidor que tem passivos a receber, deverá abrir mão desse direito, conforme prevê a emenda apresentada pelo deputado Reginaldo Lopes [PT-MG]”, afirmou Melqui. Ele argumentou, ainda, durante a reunião com o secretário-geral do MPU, que ao aceitar essa forma de remuneração a categoria estaria desistindo de direitos históricos da classe trabalhadora, conquistados com muita luta, como, por exemplo, horas-extras e adicionais de periculosidade, penosidade e insalubridade. De acordo com o dirigente da Fenajufe, o próprio secretário Lauro Cardoso reconheceu essas conseqüências que a categoria terá, caso a proposta do subsídio seja implementada.

Para o coordenador da Fenajufe, servidores antigos, que também estão com os salários defasados há cinco anos, seriam os mais prejudicados. “Seria cometida uma grande injustiça com um setor importante da categoria. A redução real de salário, que acontece a cada ano, seria aprofundada ainda mais. É preciso ter clareza também que essa proposta é baseada no Documento 319 do Banco Mundial, que defende o Estado mínimo nas suas funções sociais, com reformas que impliquem em perdas de direitos para facilitar a privatização e a terceirização dos serviços públicos”, disse Melqui, ao defender o plano de cargos e salários na reunião da última quarta-feira.

Greve é um direito dos servidores e ainda deve ser mantida
Na reunião com os representantes das entidades sindicais, Lauro Cardoso informou que o Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, está buscando uma reunião para o início de junho com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, cujo objetivo é tratar das negociações a respeito do reajuste dos servidores. Além disso, também está sendo articulada uma reunião com o relator do PL 6697/09 na Comissão de Finanças, deputado Aelton Freitas [PTB-MG].

O secretário geral do MPU, no entanto, ao se comprometer em tomar essas iniciativas junto com o PGR, questionou a greve da categoria que está sendo realizada no Distrito Federal e em vários estados. Ele chegou a solicitar das entidades o compromisso para que o movimento fosse suspenso, o que foi imediatamente rebatido pelo coordenador da Fenajufe.

“Considero que seria um grande equívoco a suspensão do movimento grevista, já que os servidores aguardam há dois anos uma postura da PGR, da mesma forma que do STF, para que seja realizada uma negociação efetiva com o Executivo, o que de fato não ocorreu até agora. Não é porque o PGR está dando os primeiros passos, é que vamos suspender a greve, que segue firme em vários locais”, afirmou Melqui, ao rebater as posições apresentadas na reunião pela suspensão do movimento.

Em relação às negociações sobre os dias parados em função da greve, o representante da Fenajufe criticou o entendimento da administração do MPU em defesa do corte de pontos. Ele defendeu que os dias parados sejam abonados e que caso haja trabalho represado em função da greve, que a compensação não seja feita hora a hora, mas sim pela recuperação dos serviços. “Os servidores que fizeram a greve em defesa de uma causa que beneficiará a todos não poderão ser penalizados com o corte de pontos e nem com a compensação de horas”, finalizou Melqui.

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